Perimetria

A perimetria mede a dimensão dos membros (superiores ou inferiores) para verificar a presença (ou não) de atrofia muscular ou de edema (Pereira, Vieira, & Alcântara, 2005).

Membro superior

Para medir o membro superior existem 3 pontos de referência: prega axilar, prega do cotovelo e prega do punho. Realiza-se uma linha em cada ponto de referência. De seguida mede-se a distância da prega da axila até à prega do cotovelo e divide-se esse valor em 3. Por exemplo, se a distância entre os dois pontos for de 21 cm então 7 em 7 cm terá de realizar uma linha. Depois mede-se a distância  entre a prega do cotovelo e a prega do punho e realiza-se o mesmo procedimento explicado anteriormente. Os valores deverão ser colocados numa tabela como esta:

Movimentos/Músculos	Medida
	Membro não lesado		Membro lesado		Membro  lesado
	Data				Data
	Membro Superior
PA	cm	cm		cm
cm	cm	cm		cm
cm	cm	cm		cm
PC	cm	cm		cm
cm	cm	cm		cm
cm	cm	cm		cm
PP	cm	cm		cm
Nome do medidor, marca da fita métrica, posição do utente, hora do dia, momento do tratamento.

Na primeira coluna deverá ser colocado o membro não lesado e na segunda coluna o membro lesado para que a leitura dos resultados se torne mais fácil.
Legenda: PA: prega axilar
PC: prega do cotovelo
PP: prega do punho

Tronco

O objetivo de medir o perímetro torácico é verificar a expansilibilidade torácico. Tal como no membro superior temos 3 pontos de referência: nível axilar, nível mamilar (nos homens)/ nível do apêndice xifóide (nas mulheres) e nível do umbigo. O utente deverá estar em pé e sem roupa. Para realizar esta medição o utente só terá de inspirar (pelo nariz) e expirar (pela boca).  Primeiro o utente inspira o que máxima que conseguir sendo que nesta inspiração não se realiza a medição. De seguida este expira tudo e é nesta expiração que medimos. Depois o utente volta a inspirar o máximo e medimos. Depois destas medições o utente respira normalmente e medimos o PN (perímetro normal). Esta explicação pode ser realizada num esquema:

Os valores deverão ser colocados numa tabela como esta:

	PMI		PN	PME
NA	cm	cm		cm
NM	cm	cm		cm
NU	cm	cm		cm

Legenda: NA: nível axilar

NM: nível mamilar

NU: nível umbical

PMI: perímetro máximo de inspiração

PME: perímetro máximo de expiração

Por norma o PMI>PME uma vez que, durante a inspiração o diafragma desce e empurra as vísceras para a frente. Caso que o PMI seja menor que o PME então estamos perante uma respiração paradoxal.

Membro inferior

Para iniciar a medição do membro inferior é necessário ter dois pontos de referência sendo eles o bordo superior e inferior da rótula. Nota: O utente deverá estar relaxado porque caso não esteja pode alterar os dados.

Estando marcado o bordo superior e inferior da rótula prossegue-se a medição no 1/3 proximal, médio e distal da coxa do bordo superior da rótula) e no 1/3 proximal, médio e distal da perna. No membro inferior a medição pode depender do local da lesão. Por exemplo: se houver lesão nos adutores poderá ser realizado linhas a 20, 15, 10 e 5 cm do bordo superior da rótula e se houver entorse da tibio-társica poderá ser realizado 10 cm, 15 cm, 20 cm do bordo inferior da rótula. Os valores deverão ser colocados numa tabela como esta:

Movimentos/Músculos	Medida
	Membro não lesado		Membro lesado		Membro  lesado
	Data				Data
	Membro Superior
cm	cm	cm		cm
cm	cm	cm		cm
cm	cm	cm		cm
BSR	cm	cm		cm
BIR	cm	cm		cm
cm	cm	cm		cm
cm	cm	cm		cm
cm	cm	cm		cm
Nome do medidor, marca da fita métrica, posição do utente, hora do dia, momento do tratamento.

Na primeira coluna deverá ser colocado o membro não lesado e na segunda coluna o membro lesado sendo que a leitura dos resultados torna-se mais fácil.

Na perimetria tanto no membro superior como no membro inferior só são valores significativas a partir de 1 cm. Nas tabelas só são utilizados valores inteiros ou meios.

Bibliografia

Pereira, C.M.A; Vieira, E. O.R.Y. & Alcântara, P.S.M. (2005) Avaliação de protocolo de fisioterapia aplicado a pacientes mastectomizadas a Madden, Revista Brasileira de Cancerologia,  51(2), 143-148